quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Acredite em você e seja um vencedor na vida

Um novo tempo se aproxima e temos que estar preparados para os novos desafios que virão em nossas vidas, batalhas novas que se colocarão em nossos caminhos. Temos que ter muita força, muita fé e as coisas serão fáceis ou difíceis na medida da nossa dedicação. Sempre podemos tornar os nossos caminhos menos árduos quando estamos determinados a vencer os obstáculos.

O ensino médio não é um bicho de sete cabeças, mas tem que ser o começo de uma nova postura, rumo às conquistas da vida adulta. Mesmo alguns alunos que eu sei que têm algumas dificuldades e que por isso terão que se doar um pouco mais, podem facilmente superar as dificuldades se quiserem isso de verdade. É só se conscientizarem de que não há mais tempo a perder. Eu acredito que consigam, mas repito, terão que recuperar o tempo perdido e preencher as muitas lacunas que o tempo de desatenção e brincadeiras deixou até agora. Basta querer e agir nesse sentido que tudo começa a acontecer.

Mas o que eu quero dizer com sinceridade é que desejo para todos vocês muito sucesso nesses novos desafios que se avizinham e ele (o sucesso), só será alcançado com alegria de viver, com motivação, persistência, pois as conquistas da VIDA, em sua maioria, são alcançadas apenas com a capacidade do ser humano de nunca desistir de alcançar determinado objetivo. Pessoas com deficiência de diversos tipos, quando persistentes, conseguem ir muito mais longe que aqueles se deixam levar pelo desanimo mesmo não tendo nenhuma limitação. Os jogos parapan-americanos de 2011 nos mostraram isso com muita clareza. As limitações não impediram que essas pessoas se tornassem vencedoras e o Brasil deu show em Guadalajara.
Desse modo, pare, reflita um pouco e leve em consideração que você é “normal”, sendo por isso grandemente privilegiado, mas não se deixe abater, pois esse fato é o diferencial entre um vencedor e um vencido entre uma pessoa de sucesso e aquelas que se entregaram sem vontade de vencer as dificuldades. Você nasceu para ser um vencedor e só depende da sua vontade explorar toda a potencialidade que você possui.

Cabe agora uma pergunta: Você aceita os conselhos desse cara, desse professor chato, mas que acredita muito em seu potencial e só quer o seu bem ou vai seguir as determinações, os conselhos do Senhor desânimo que é um cara poderosíssimo, que é amigo da indisciplina e inimigo feroz da vontade? Se você permitir, ele acaba por te conquistar, como faz com muita gente, mas ele só consegue tomar conta de você se tiver a sua permissão, pois você é livre para fazer as suas escolhas e cabe unicamente a você adotá-lo ou não no circulo das suas “amizades” ou perceber que ele não passa de mais um falso amigo, como muitos que encontramos por aí. Pense no que é melhor para você!!

Para terminar é bom que tenha ficado claro que a opção, a escolha será sua. Por isso, se você é uma pessoa forte e inteligente sempre vai querer o melhor para si, mesmo que tenha que passar por caminhos aparentemente mais árduos, mais difíceis. isso é apenas aparente, pois no final o que vai sobrar será sempre a satisfação das conquistas alcançadas.

Então, não tenha medo de lutar, pois você sempre pode muito mais do que imagina e o verbo recomeçar sempre será conjugado por todos aqueles que se tornaram inimigo do desanimo e amigo da esperança, da vontade. Recomece sempre que for preciso e tenha fé em dias melhores.

FÉ EM DEUS E ACREDITE NO SEU POTENCIAL.

Sucesso para todos vocês é o que desejo sinceramente

Professor Francisco

sábado, 29 de outubro de 2011

REFLEXÕES SOBRE A CORRUPÇÃO...


Reflexões sobre corrupção

corrupção é um problema sério em nosso País e afeta a sociedade de uma forma generalizada, atingindo as três esferas de poder (executivo, legislativo, judiciário), bem como as mais diversas instituições. É um câncer que precisa ser extirpado urgentemente do nosso país.

Na maioria das vezes não nos damos conta disso, mas em muitas das nossas atitudes alimentamos esta “corrente perversa” e muitos de nós achamos esses comportamentos absolutamente normais. Isso é, a meu ver, um dos grandes problemas, pois o que é errado acaba ganhando um novo significado e torna-se comum até não ter mais a conotação negativa que deveria.

A palavra corrupção vem do latim “corruptos” e significa quebrado em pedaços. O verbo corromper significa “tornar pútrido”

A corrupção pode ser definida como a utilização do poder ou autoridade para conseguir obter vantagens e fazer uso dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo.

Mas eu considero que atitudes corriqueiras praticadas por muitos de nós, mesmo que não se encaixe na definição acima como corrupção, contribui e muito para deteriorar ainda mais a nossa sociedade.

Comprar uma mercadoria qualquer que lhe seja oferecida sem saber a origem ou procedência só para levar vantagem, pois preço está abaixo do que é normal é uma atitude que, se comprovado que a mercadoria é roubada, pode configurar-se em crime de receptação, mas esta ação trás no seu bojo um ato de corrupção. Devido ao costume, muita gente considera essa atitude normal e não se dá conta de que pode estar alimentando uma “corrente criminosa” que amanhã poderá se voltar contra eles transformando-os em “vitima”, isto é, podem ser roubados por sua própria “culpa”, ainda que essa suposta culpa não seja algo percebido por muitos que de tão habituados não percebem o erro em que estão incorrendo

FRANCISCO LIMA

segunda-feira, 30 de maio de 2011

TEMOS QUE RESGATAR A ESSÊNCIA DO SER HUMANO....

Temos que resgatar a essência do ser humano

Apesar das imensas dificuldades, me sinto motivado, mas não posso deixar de enxergar que a educação está sofrendo reflexos de uma crise mais geral que afeta parte da sociedade. Estou falando de uma grave crise de valores de boa parte da sociedade e nós, educadores, as vezes nos sentimos impotentes diante de problemas como indisciplina, banalização da violência, uma desmotivação crônica dos alunos etc. Tudo isso, acredito eu, deve estar associado a um contexto mais amplo que abrangente.


Às vezes queremos fugir de uma pratica burocrática, tentando resgatar a motivação da turma. Nesse sentido, utilizamos filmes e outras ferramentas que possam nos ajudar não apenas a fugir da rotina, mais também a tornar a aula mais atrativa. São tentativas que nem sempre funcionam.

É claro que também há uma proposta de trabalho escrito, já que, como uma “ferramenta didática”, tais recursos precisam passar por um processo avaliativo. Pelo menos para saber se é bem aceito ou não pela maioria dos alunos. Porém, há alunos que não fazem os trabalhos propostos.

Podem-se levantar diversas hipóteses para saber o porquê desse desinteresse, mas vamos nos focar nos problemas que nos levaram a tentar escrever esse pequeno artigo que é a crise social que, a meu ver, pode estar afetando a educação que também está inserida na sociedade.

Estamos passando por um momento difícil, talvez de transição, em que valores basilares para todos os seres humanos vêm sendo gradualmente esquecidos, e quem sabe até substituídos por outros “valores” ligados à sociedade de consumo, à cultura do ter. Para muita gente, as pessoas valem pelo que tem e ostentam e não mais pelos nobres sentimentos que possuem. O ter está em voga e ser está ficando cada vez mais esquecido.

Essa crise leva o ser humano a um grande “vazio existencial”, pois os bens materiais não nos darão respostas aos grandes problemas que nos afetam nos momentos mais difíceis da nossa existência. Há desanimo e desinteresse crônicos entre muitos jovens e eles levam tudo isso para a sala de aula, que passou a ser desinteressante para eles.

O professor está numa verdadeira sinuca de bico, pois tem a obrigação de ministrar os conteúdos necessários para que os jovens tenham base para prosseguir nos estudos. Ao mesmo tempo, tem que fazer uma associação desses conteúdos com a realidade desses jovens, o que nem sempre é fácil.

Tudo isso seria apenas uma tentativa, já que, em muitos casos, como já foi dito acima, mesmo com o esforço extremo do professor no sentido de dar sentido aos conteúdos, ainda assim, tem aqueles que não participam, não entendem que tudo o que o mestre pretende é uma EMPATIA, com a turma. Isto é, o professor se aproxima, tenta se colocar no lugar do aluno, mas, às vezes não há reciprocidade, pois o mestre, para muitos, é apenas um chato que está ali para enche-lo de tarefas e de conteúdos que para eles “não servirão para nada.” Por isso, em muitos casos não há aprendizado, pois tudo é feito mecanicamente e sem vontade.

O grande paradoxo disso tudo, porém é que os jovens se inspiram nos seus grandes ídolos, que aparecem na televisão ostentando tudo o que dinheiro pôde lhes proporcionar. Esses “ídolos” tem carros importados, belas mulheres, roupas de grife etc. muitos deles porem, tiveram que ralar para chegar onde chegaram e foi com muito esforço que conseguiram alcançar tais conquistas.

Os jogadores de futebol são os maiores exemplos desse tipo e representam, ao mesmo tempo, o sonho de ascensão social da maioria dos jovens que, muitas vezes, vivem privados de quase tudo. A maioria dos jogadores bem sucedidos é proveniente de comunidades e isso seria uma estimulo, uma motivação para muitos que desejam seguir-lhes os passos.

Mas o que vemos na mídia são apenas os poucos exemplos de atletas bem sucedidos que conseguiram se dar bem. Há muitos casos de atletas que chegaram ao estrelato e não suportaram o peso da fama, não tiveram disciplina suficiente para construir uma carreira vencedora. Caíram nas armadilhas a que estão sujeitas todas as pessoas famosas e com dinheiro e arruinaram a sua carreira precocemente. Por isso, é necessário que haja um consistente apoio familiar e a disciplina ingrediente para uma carreira vencedora.

Mas, a sociedade de consumo e de valores distorcidos trás também outros tipos de “celebridades” que não são exatamente bons exemplos a serem seguidos. São pessoas que não tem conteúdo mental e que usam o corpo como uma forma de se promover. Desse modo, dão o recado de que não é preciso estudar nem se esforçar para alcançar o “estrelato.” Ainda que esse aparição na mídia seja bem transitória.

Como boa parte da sociedade também quer se dar bem a qualquer custo, esquecendo os valores éticos, esses exemplos distorcidos que a mídia promove como os big brothers e outras tantas coisas, como a mulher melancia, mulher melão e mulheres frutas de todo o tipo que temos que aturar no nosso dia-a-dia, também tornam-se modelos a serem seguidos e, aparentemente, mais acessíveis pois são pessoas que fazem questão de mostrar que não estudaram, mostrando aos jovens não precisam estudar para se dar bem
Enquanto isso, nós, professores, temos que remar contra a maré, mostrar aos alunos que temos que ser críticos em relação a esse estado de coisas. A sociedade precisa resgatar os seus verdadeiros valores, pois estamos nos contaminando com todo esse lixo que nos bombardeia dia a dia.

Mas, eu sei que é uma luta desigual e só com muita perseverança, muito trabalho e muita união conseguiremos vencer tal estado de coisas.

Temos que resgatar a auto estima desses jovens para que eles possam desenvolver todo o potencial que possuem. Para isso, no entanto, temos que fazer uma sociedade melhor começando por resgatar valores tradicionais como ética, honestidade (no sentido lato) etc.

Não podemos nos deixar levar pela cultura do ter!

Precisamos resgatar o ser o humano integral que existe em nós!

Temos que voltar a cultuar os sentimentos nobres do ser humano!

Temos que voltar a valorizar o ser!!!

Francisco Lima.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO E DESIGUALDADE SOCIAL...

Educação e desigualdade social.

Penso que é um grande desafio tentar recuperar a auto-estima de uma juventude que vive num mundo pleno de desenvolvimento, mas que está se tornando vazio de ideais, pois as grandes conquistas sociais já estariam consolidadas e à eles só restaria viver sem almejar mudanças significativas nesse quadro que aí está.
Entretanto, muito há ainda para se fazer se realmente queremos viver em sociedades mais justas. Sociedades onde as condições de vida não sejam tão dispares como acontece como acontece nesse mundo atual de separa claramente países globalizados de países globalizadores.
O Brasil encontra-se na categoria de país globalizado e, como tal, ostenta graves problemas sociais, sendo que um dos problemas mais graves é a concentração de renda. O Relatório da ONU (PNUD), divulgado em julho de 2009, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só ficava atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar, Camarões, Tailândia e África do Sul.
Em um artigo para o jornal correio do Brasil Frei Beto aponta que:
“Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras, mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.”
Há muitos outros índices que mostram um retrato fiel das muitas desigualdades existentes em nosso país no entanto, vamos nos deter um pouco mais apenas no que diz respeito à educação e as desigualdades nesse setor.
Há décadas que educadores de renome como Anízio Teixeira entre outros chamam a atenção dos governantes para a necessidade de universalização da educação. Aqueles educadores, porem, queriam que essa universalização trouxesse no seu bojo igualdade de oportunidade. Veremos, no entanto, que isso não aconteceu.
Apenas a partir dos anos 1990 é que começa uma expansão em larga escala das oportunidades de inserção no sistema educacional no Brasil. A LDB/96 prevê a universalização do ensino fundamental para as crianças até os 14 anos de idade. Também fala da inserção daqueles que não conseguiram terminar os estudos na idade apropriada. Assim, a EJA também é inserida na lei para atender a uma demanda cada vez maior de jovens e adultos excluídos do sistema educacional regular.
Os anos 2000 vê um aumento significativo das matrículas no ensino médio e um numero significativo de jovens tem agora condições de terminar a educação básica e, quem sabe, até pensar em cursar uma universidade publica.
O grande paradoxo encontra-se aí, pois a expansão quantitativa não foi acompanhada na qualidade e são raros aqueles jovens que terminam a educação básica nas redes publicas estaduais que tem condições de ingressar em uma instituição de ensino superior publica. É urgente ques se invista na qualidade da educação publica de base para que as oportunidades educacionais sejam mais equitativas.
Novas alternativas de inserção
O projeto autonomia, apesar dos pesares, representa uma tentativa de reinserir muitos jovens e adolescentes que, por motivo de repetência entre outros, acabaram excluídos da rede regular de ensino. O método é interessante, pois trabalha com vídeo-aulas, leitura de imagens etc. ao mesmo tempo em que se propõe a adentrar mais no “universo do aluno” através de dinâmicas de grupo e outras ferramentas que criam uma relação mais estreita alunos-alunos e alunos-professor e representa também uma tentativa de resgatar a alto estima de um aluno que, muitas vezes não se acha mais capaz de seguir estudando.
Propõe-se, com esse método, uma educação para tornar o jovem autônomo e critico. Uma maneira de emancipar o jovem para seguir adiante e terminar, pelo menos, a educação básica. Não estou falando ainda da Educação emancipadora proposta por Paulo Freire, mas quem sabe possamos chegar perto disso.
Para aquele grande mestre a Educação emancipadora não é tarefa apenas de professores. Ela se constitui em um processo coletivo que assume como norte, a reflexão acerca da necessidade e da possibilidade de a população oprimida despertar para as tarefas necessárias para a modificação da estrutura social vigente. A proposta de Educação Emancipadora, engloba alunos, professores ou quaisquer outras pessoas que optem pela transformação social, que entendam a sociedade sob a perspectiva das tensões expressas pela desigualdade social.
A proposta do autonomia incorporou essa vertente de educação coletiva proposta por Freire e eu, como participe desse processo, pois vou trabalhar em uma turma do autonomia carioca, não almejo que os alunos pretendam mudar a estrutura social vigente. No entanto, se eles conseguirem recuperar a alto-estima e mudar os rumos da própria vida, acreditando que são capazes de melhorar as suas condições sociais, tornando-se autores de suas historias eu já me darei por satisfeito.
Mais do que isso, pelas condições adversas que teremos enfrentar, é utopia.

Francisco Lima