segunda-feira, 4 de junho de 2012

BRASIL, UM BRASIL UM PAÍS DE DEMAGOGOS...


Brasil, um de demagogos

     Um país que não valoriza sua educação e  seus professores estará sempre em desvantagem em relação aos demais que seguiram por esse caminho. O Brasil é o país do futuro já dizia Stefan Zweig,  em 1941,  no seu clássico livro: Brasil, um país do futuro. Nesse livro o autor austríaco  previu a evolução tecnológica, o fim das favelas e tudo diferente do que se vê até os dias de hoje. Mais de 70 anos após as previsões de Nostradamus, digo de  Stefan Zweig,  é  com tristeza que eu constato que o Brasil continua a ser o país do futuro. Tudo é deixado para que os futuros governantes façam e nada se faz no presente, ou seja, nossos políticos vão sempre empurrando com a barriga e nunca fazem porr...nenhuma do que sempre prometem sem suas campanhas eleitorais.

Trazendo as previsões do austríaco para a realidade que continuamos a viver hoje em nosso Brasil,  poderíamos transformar sua frase em:  Brasil, um país de demagogos, de corruptos,  de ladrões e outros adjetivos que eu não posso escrever aqui para não ofender àqueles que se proponham a ler os desabafos desse louco ou para alguns,  desse cidadão indignado que não agüenta mais as promessas vãs, as retóricas vazias que sempre surgem em épocas de eleições, mas que são relegadas ao esquecimento logo que o objetivo principal é alcançado.

  Uma vez eleitos, pensam os “safardanas:” por que vou cumprir o que prometi, para que vou investir rios de dinheiro em educação se isso não vai trazer todos os votos de que preciso para eu ser reeleito ou para eleger o meu sucessor  que é um cara “gente boa” que vai me manter nas cabeças, visto que eu vou continuar ganhando o meu “dinheiro honesto” sempre perto do poder. Assim,  eu  posso me perpetuar no poder e sempre trabalhando para o bem do povo que é minha verdadeira paixão.

  É isso mesmo, eu amo esse povinho que sempre me elege porque sabe que eu sou um homem bom, de palavra, que “sempre cumpre o que promete”. Como bom político, eu sigo voz do povo e Educação não é prioridade para esse povinho, pois isso não enche barriga de ninguém.  Para que eu vou dar educação e incentivar a emancipação a ação e a participação desse povo. Isso vai tirá-los da imobilidade o que é algo que não interessa a ninguém, pois é um processo por demais cansativo. Eu não quero cansar o meu povo sem necessidade!!

 Assim, mesmo que  eu quisesse  investir em educação eu não teria a simpatia do meu povo. Que coisa absurda, obrigá-los  a pensar, a lutar a buscar os seus direitos. Um bom político não faz essa maldade com um povo tão sofrido!! Meu povo não que ter esse trabalho todo.

 Então, para o bem todos e felicidade geral da nação, o melhor mesmo é mantê-los na tranqüilidade do “lar” assistindo a um futebolzinho, uma novelinha e discutindo assuntos que realmente interessam como quem pegou quem no mundo das celebridades ou quem é o cara mais sincero do big brother ou ainda quem vai engolir (acho que é comer) quem no mesmo BBB. Esse último programa, aliás, é a cara do “povão brasileiro”. Programa bão, de conteúdo popular e não à toa que faz tanto sucesso!!

  O bom político não complica as coisas, sempre investe diretamente no povo, não dá dinheiro para professor. Para que esses caras querem grana se eles não são tão pobres assim? Para que botar dinheiro em  escolas se eu posso me  relacionar direto com meu povo? O bom político dá dinheiro direto para o povo, não precisa de intermediários que só atrapalham a sua relação corpo a corpo com seu eleitorado. Políticos modernos   criam os cartões que pode ser uma prova de ligação, de fidelidade  deles com o povo.

 Dizem  esses políticos exemplares: uma mão lava a outra. Eu dou dinheiro para ajudar o meu povo e crio cartões que são como elos que nos unem ad e eterno. Relação estável, duradoura como tem que ser um “casamento bem sucedido.”
   Em suma, os cartões família disso, família daquilo, bolsa pobreza, bolsa escrot...nao posso completar essa... Enfim bolsas de todo tipo são coisas boas na sua concepção original e ajudam muita gente que realmente precisa, mas tem servido para muitos políticos safados se perpetuarem no poder.  Nesse sentido, esses políticos se utilizariam  do povo como massa de manobra e o não investimento em educação  acabaria anulando esse povo  enquanto sujeitos  históricos e protagonistas das mudanças sociais.

 Enquanto for assim, seremos sempre o país do futuro.

Francisco Lima