Violência gera violência.
Estava refletindo sobre violência e me veio à cabeça os mais diversos tipos de atitudes violentas praticadas por muitos de nós sem que, na maioria das vezes, sequer nos apercebamos disso. Os meios de comunicação enfatizam muito mais a violência no sentido físico, isto é, onde há agressão física e, em grande parte, com o uso de armas para promover o ato violento. Isso acaba nos levando a uma conclusão errônea de que a violência só se consuma com o concurso de atitudes extremas que causam danos a outrem.
Segundo a definição de muitos dicionarios, violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia.
Apesar disso, a violência fisica representa apenas uma forma de violência , sendo que há muitas variáveis que podem ser tratadas como tais: violência psicologica, politica, cultural, verbal, contra a mulher, infantil, expontânea x institucional etc. Não nos interessa aqui definir toda essa tipografia da violência, mas para quem se interessar pelo assunto essas definições estão disponíveis na wikpédia.
Na nossa convivencia cotidiana com os nossos semelhantes, nossas atitudes e comportamentos estão eivados de preconceitos que acabamos por encararar como algo natural. Um exemplo claro do que estou falando é o modo que nos referimos aos que têm, na nossa concepção, comportamento desviante ou considerado diferente no seu relacionamento amoroso ou afetivo. Tais pessoas preferem os parceiros do mesmo sexo e, por isso, são vistas como seres anormais e são nomeados dos mais diversos modos com expressões pejorativas que têm como finalidade rebaixá-los, desmoralizá-los por estarem indo contra os valores de uma “sociedade que preza a manutenção dos valores cristãos e vive de acordo com moral e os bons costumes.”
Mas, que sociedade é essa que faz do preconceito e da intolerância valores tão prezados esquecendo-se da verdadeira essência do ser humano?
Que bons costumes são esses que valorizam a intriga e a fofoca como algo a ser cultuado e que prega a exclusão de muitas pessoas, chegando ao absurdo de muitos pais expulsarem seus filhos de casa pelo fato de sua opção sexual ser diferente da considerada padrão?
E há preconceitos dos mais diveros tipos, sendo muitos excluídos pela cor da pele, outros pela sua origem e a grande maioria, na minha opinião, pela sua condição social.
Cabe então um questionamento: não será violência excluirmos nossos irmãos apenas por nossas idéias preconcebidas, isto é, pelos nossos preconceitos?
Não resta dúvida de que o preconceito é um tipo de violência que pode acabar por gerar revolta nas pessoas alvo da exclusão, tornando-as agressivas. É uma reação natural contra uma sociedade que a exclui.
Tenho observado que nas escolas esse comportamento preconceituso dos mais diversos matizes é muito comum. Taxar o aluno de incapaz de aprender, de inapto, de burro é algo costumeiro. Nós, professores, temos que ser agentes do não preconceito e muitas das vezes estamos incentivando tais atitudes o que é muito lamentável.
A violência nas escolas tem se tornado algo muito corriqueiro. Os meios de comunicação mostram essa dura realidade quase todos os dias. Essas atitudes violentas são geradas por diversos fatores, entre os quais podemos citar a crescente insatisfação dos jovens em relação à escola pelos mais diversos motivos.
Entretanto, é sabido que muitas brigas entre alunos são causadas por atitudes preconceituosas e se essas mesmas atitudes não forem combatidas por professores, direção e educadores em geral, podemos nos tornar alvo dessas agressões. Temos que começar uma mudança de de mentalidade e de atitudes dentro da escola para que isso possa se refletir na sociedade como um todo.
A escola não pode ser um reflexo do que há de pior na sociedade. Ao contrário, ela precisa ser agente de transformaçõs positivas e isso tem começar no combate a todo e quaisquer tipo de preconceitos sob pena de não estar cumprindo o papel que lhe cabe. Do contrário, se alimentarmos o preconceito estaremos indiretamente a alimentando a violência.
Francisco Lima
Estava refletindo sobre violência e me veio à cabeça os mais diversos tipos de atitudes violentas praticadas por muitos de nós sem que, na maioria das vezes, sequer nos apercebamos disso. Os meios de comunicação enfatizam muito mais a violência no sentido físico, isto é, onde há agressão física e, em grande parte, com o uso de armas para promover o ato violento. Isso acaba nos levando a uma conclusão errônea de que a violência só se consuma com o concurso de atitudes extremas que causam danos a outrem.
Segundo a definição de muitos dicionarios, violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia.
Apesar disso, a violência fisica representa apenas uma forma de violência , sendo que há muitas variáveis que podem ser tratadas como tais: violência psicologica, politica, cultural, verbal, contra a mulher, infantil, expontânea x institucional etc. Não nos interessa aqui definir toda essa tipografia da violência, mas para quem se interessar pelo assunto essas definições estão disponíveis na wikpédia.
Na nossa convivencia cotidiana com os nossos semelhantes, nossas atitudes e comportamentos estão eivados de preconceitos que acabamos por encararar como algo natural. Um exemplo claro do que estou falando é o modo que nos referimos aos que têm, na nossa concepção, comportamento desviante ou considerado diferente no seu relacionamento amoroso ou afetivo. Tais pessoas preferem os parceiros do mesmo sexo e, por isso, são vistas como seres anormais e são nomeados dos mais diversos modos com expressões pejorativas que têm como finalidade rebaixá-los, desmoralizá-los por estarem indo contra os valores de uma “sociedade que preza a manutenção dos valores cristãos e vive de acordo com moral e os bons costumes.”
Mas, que sociedade é essa que faz do preconceito e da intolerância valores tão prezados esquecendo-se da verdadeira essência do ser humano?
Que bons costumes são esses que valorizam a intriga e a fofoca como algo a ser cultuado e que prega a exclusão de muitas pessoas, chegando ao absurdo de muitos pais expulsarem seus filhos de casa pelo fato de sua opção sexual ser diferente da considerada padrão?
E há preconceitos dos mais diveros tipos, sendo muitos excluídos pela cor da pele, outros pela sua origem e a grande maioria, na minha opinião, pela sua condição social.
Cabe então um questionamento: não será violência excluirmos nossos irmãos apenas por nossas idéias preconcebidas, isto é, pelos nossos preconceitos?
Não resta dúvida de que o preconceito é um tipo de violência que pode acabar por gerar revolta nas pessoas alvo da exclusão, tornando-as agressivas. É uma reação natural contra uma sociedade que a exclui.
Tenho observado que nas escolas esse comportamento preconceituso dos mais diversos matizes é muito comum. Taxar o aluno de incapaz de aprender, de inapto, de burro é algo costumeiro. Nós, professores, temos que ser agentes do não preconceito e muitas das vezes estamos incentivando tais atitudes o que é muito lamentável.
A violência nas escolas tem se tornado algo muito corriqueiro. Os meios de comunicação mostram essa dura realidade quase todos os dias. Essas atitudes violentas são geradas por diversos fatores, entre os quais podemos citar a crescente insatisfação dos jovens em relação à escola pelos mais diversos motivos.
Entretanto, é sabido que muitas brigas entre alunos são causadas por atitudes preconceituosas e se essas mesmas atitudes não forem combatidas por professores, direção e educadores em geral, podemos nos tornar alvo dessas agressões. Temos que começar uma mudança de de mentalidade e de atitudes dentro da escola para que isso possa se refletir na sociedade como um todo.
A escola não pode ser um reflexo do que há de pior na sociedade. Ao contrário, ela precisa ser agente de transformaçõs positivas e isso tem começar no combate a todo e quaisquer tipo de preconceitos sob pena de não estar cumprindo o papel que lhe cabe. Do contrário, se alimentarmos o preconceito estaremos indiretamente a alimentando a violência.
Francisco Lima
2 comentários:
TEXTO MARAVILHOSO!! DE GRANDE VALIA PARA A NOSSA SOCIEDADE QUE PRECISA APRENDER MUITO A LIDAR COM OS TIDOS COMO DIFERENTES. ESPERO SINCERAMENTE QUE SIRVA PARA QUANTOS DELE TIVER ACESSO.
Gostei do texto e veio a calhar com algumas ideias nossas
www.gentedagente.com
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