Cabral, o grande demagogo...
Há quase 15 anos praticamente sem aumento salarial, os professores da rede estadual do Rio de Janeiro aguardavam com ansiedade a incorporação da gratificação do programa nova escola, abono que era concedido aos professores e profissionais da área de educação durante toda a era Garotinho (incluindo a gestão de Rosinha). Tal adicional era concedido em função do desempenho das escolas e se baseava em alguns parâmetros de qualificação, sendo que a gratificação poderia variar entre 100 e 435 reais. Sendo assim, o adicional só contemplava quem estivesse na ativa, excluindo aposentados e pensionistas.
Há quase 15 anos praticamente sem aumento salarial, os professores da rede estadual do Rio de Janeiro aguardavam com ansiedade a incorporação da gratificação do programa nova escola, abono que era concedido aos professores e profissionais da área de educação durante toda a era Garotinho (incluindo a gestão de Rosinha). Tal adicional era concedido em função do desempenho das escolas e se baseava em alguns parâmetros de qualificação, sendo que a gratificação poderia variar entre 100 e 435 reais. Sendo assim, o adicional só contemplava quem estivesse na ativa, excluindo aposentados e pensionistas.
Quando o atual governador, Sérgio Cabral, estava em campanha ele prometeu que daria um bom aumento para os professores e teria como prioridade absoluta a incorporação da gratificação do programa nova escola. Sergio Cabral já tinha algum conhecimento das finanças do estado, pois pertencia ao mesmo partido que a governadora que o precedera. E quando eleito todos os detalhes da administração do estado lhe fora passado durante o chamado governo de transição. Ou seja, a equipe de Cabral já tinha conhecimento do que era ou não possível fazer e, por conseguinte, o novo governador já tinha consciência das possibilidades de cumprir ou não todas as promessas feitas. Ainda assim, ele continuou garantindo que cumpriria todas as suas promessas de campanha, sendo que a demanda dos professores seria uma prioridade.
Mas, palavras o vento leva e promessas de políticos, na grande maioria das vezes, só existem como proposição para alcançar determinado fim. E a finalidade de todo político ou candidato a cargo eletivo é conseguir alcançar o sucesso nas urnas e para isso, não há medida de esforços. Tal pratica é baseada, supostamente, em uma teoria que é atribuída a Maquiavel e está calcada na frase: os fins justificam os meios. Utilizando-se de tal proposição os políticos quase sempre sabem de antemão da impossibilidade completa de cumprirem muito do que prometem durante a campanha, mas para tais políticos o que importa é conseguirem o seu intento, mesmo que para isso precisem mentir, enganar e até, em alguns casos, lançarem mão de subterfúgios ilegais como a compra de votos, a fraude eleitoral entre muitas outras coisas ilegítimas e inadmissíveis em uma democracia.
O caso de Sergio Cabral pode ser enquadrado no que é mais comum existir entre os políticos brasileiros, isto é, pode ser que ele tenha prometido muito mais do que era possível cumprir. Acredito, entretanto, que no caso especifico da educação, daria para ele cumprir tudo o que prometera durante a campanha eleitoral, bastando para isso que cumpra a lei investindo todo o dinheiro destinado a educação apenas nesse setor e não para atender outras demandas. Ou seja, se fossem investidos os 25% das arrecadações com impostos do estado do Rio de Janeiro mais os repasses federais eu acredito que daria para fechar a conta da educação até com sobras, mas isso não vem acontecendo há muito tempo.
A tão propalada incorporação que foi amplamente alardeada na imprensa pelo governador como um grande feito não passa de uma farsa. Se for aceita da maneira que foi proposta no projeto de lei encaminhado a ALERJ acarretará em perdas salariais significativas no futuro para os professores. De acordo com o PL encaminhado à casa legislativa do Rio de Janeiro o interstício de 12% entre os níveis salariais passaria a ser de 7,5%, ou seja, os trabalhadores perderiam uma conquista histórica alcançada com muito suor e teriam em troca um aumento salarial de 435,00 R$ dividido em 7 parcelas, ou seja, esta quantia seria paga até 2015 com parcelas tão minúsculas que em 2010 chegaria a ser de 2,47R$ em muitos casos. De acordo com o jornal o dia o prejuízo para os professores de nível 9 com a mudança de percentual entre os níveis será de 639,49R$, isto é, teriam prejuízos superiores ao suposto aumento dado com a incorporação. Não podemos deixar de considerar também o fato de que não há previsão de mais nenhum aumento além da incorporação até o ano de 2015.
Podemos, por todas essas razões, concluir que o nosso governador é um grande demagogo, se utilizado da imprensa para alardear suas falsas promessas sempre objetivando ganhos políticos em todas as suas atitudes. Nas palavras de Bertrand de Jouvenel o demagogo utiliza a arte de conduzir habilmente as pessoas ao objetivo desejado, utilizando os seus conceitos de bem, mesmo quando lhes são contrários. Sergio cabral, nesse sentido é um perfeito demagogo.
Francisco Lima
Um comentário:
E O GRANDE PÚBLICO QUE NÃO SABE O QUE ESTÁ ACONTECENDO ACREDITA NAS LOROTAS DESSE CARA...
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