“Neurosex” da pós-modernidade
Estava refletindo sobre um fato que ocorre com muitos casais e que para mim é um tanto quanto inusitado. O “problema” é muito mais comum do que possamos imaginar segundo os especialistas no assunto e, de acordo com carmita abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em alguns casos, ele é conseqüência da vida contemporânea, com dupla jornada de trabalho, estresse da rotina, falta de tempo e preocupações", diz a psiquiatra. Já podemos deduzir que o assunto que me inspirou a escrever essas linhas tem a ver com alguma questão ligada a área sexual. Quem seguiu por essa linha de raciocínio está correto, pois é exatamente o sexo o tema da minha reflexão, ou melhor a falta dele.
Casamentos sem sexo
Conheço muitos casos em que as pessoas (quase sempre mulheres), influenciadas por uma visão supostamente religiosa ou para camuflar a falta de desejo sexual, diziam acreditar que o sexo era para procriar, ter filhos. Isso parece irreal, mas não é, pois conheço casos muito próximos a mim de pessoas que passaram por esse tipo de problema que tornaram-se publico para um circulo mais intimo. Há também relatos de casais que, impedidos de ter filhos devido à esterilidade sexual de uma das partes, optaram também pela castidade sexual, já que estariam em pecado se praticassem sexo sem que pudessem procriar. Ou seja, para essa visão deturpada da realidade, ancorada em uma “concepção religiosa”, o prazer em si seria pecaminoso.
O que está relatado acima são casos excepcionais que talvez não sejam tão freqüentes atualmente, mas nos dias de hoje, ocorrem muitos casos de pessoas que se casam e simplesmente não fazem sexo. Isso mesmo, casais que, devido à “indiferença sexual” de um dos parceiros simplesmente ficam anos sem ter sequer uma relação sexual. Em uma reportagem no portal terra há um relato de uma moça que casou e ficou os primeiros seis anos sem uma relação sexual com o marido. Dá para acreditar em uma coisa dessas! A lua de mel (a melhor parte) simplesmente não aconteceu! Ela teve que praticar o “sexo solitário” por muitos anos até que não agüentou e largou o marido com nove anos de casamento. Esperou tempo demais para tomar esta decisão, pois, sem sexo, nove anos é uma eternidade.
Na mesma reportagem do portal terra a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do Projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), de São Paulo, ressalta que o casal que chega a uma situação de ausência de sexo no casamento, nunca teve uma vida sexual satisfatória ou não tinha cumplicidade e intimidade naturalmente. "A falta de sexo não acontece de uma hora para outra. É uma conseqüência de ações e reações ao longo dos anos", diz. E de acordo com a mesma especialista razões não faltam para dar continuidade a um casamento sem sexo. "Mexer nessa situação é, no mínimo, desgastante. Por isso, muitos preferem sublimar a sexualidade", afirma Marzano. Conveniência, filhos, interesses financeiros, status social ou político são fatores levados em conta para continuar uma relação sem sexo.
Em suma, pelo exposto dá para se ter uma idéia de que há algo de muito sério com os casamentos modernos. Em minha opinião, casamento sem sexo é algo inconcebível. É no mínimo estranho que um casal jovem não sinta atração sexual pelo seu parceiro ou parceira e relegue a relação sexual para ultimo plano. Quando existe o problema da relação ter esfriado devido ao cansaço do trabalho domestico, de a mulher ter que dar conta de cuidar dos filhos, da casa e ainda trabalhar fora dá para entender. A chama existe e pode ser acesa a qualquer momento. Agora, um casal jovem, sem filhos e sem desejo um pelo outro ou de uma das partes, ai existe um problema que precisa ser resolvido. Do contrário, se a falta de desejo for unilateral, o casamento pode não sobreviver muito tempo. Acredito que muitas separações tem relação direta com esse problema, pois geralmente, um dos parceiros acaba fazendo o sacrifício da renuncia para evitar problemas com o parceiro. Um dia não agüenta e acaba dando um basta na situação. Mas eu creio também que devido a esse problema, muita gente acaba buscando outros parceiros fora do casamento. Para que não se precise chegar a esse ponto, siga o conselho dos especialistas, segundo os quais:
“a primeira providência é conversar, a segunda é ir ao médico para descartar problemas físicos e a terceira é fazer terapia sexual".
Siga esses conselhos para não se privar de uma coisa tão boa e “sublime” como é o sexo e viva em plenitude ou descubra a satisfação e o prazer oriundos da relação sexual.
Francisco Lima
Estava refletindo sobre um fato que ocorre com muitos casais e que para mim é um tanto quanto inusitado. O “problema” é muito mais comum do que possamos imaginar segundo os especialistas no assunto e, de acordo com carmita abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), em alguns casos, ele é conseqüência da vida contemporânea, com dupla jornada de trabalho, estresse da rotina, falta de tempo e preocupações", diz a psiquiatra. Já podemos deduzir que o assunto que me inspirou a escrever essas linhas tem a ver com alguma questão ligada a área sexual. Quem seguiu por essa linha de raciocínio está correto, pois é exatamente o sexo o tema da minha reflexão, ou melhor a falta dele.
Casamentos sem sexo
Conheço muitos casos em que as pessoas (quase sempre mulheres), influenciadas por uma visão supostamente religiosa ou para camuflar a falta de desejo sexual, diziam acreditar que o sexo era para procriar, ter filhos. Isso parece irreal, mas não é, pois conheço casos muito próximos a mim de pessoas que passaram por esse tipo de problema que tornaram-se publico para um circulo mais intimo. Há também relatos de casais que, impedidos de ter filhos devido à esterilidade sexual de uma das partes, optaram também pela castidade sexual, já que estariam em pecado se praticassem sexo sem que pudessem procriar. Ou seja, para essa visão deturpada da realidade, ancorada em uma “concepção religiosa”, o prazer em si seria pecaminoso.
O que está relatado acima são casos excepcionais que talvez não sejam tão freqüentes atualmente, mas nos dias de hoje, ocorrem muitos casos de pessoas que se casam e simplesmente não fazem sexo. Isso mesmo, casais que, devido à “indiferença sexual” de um dos parceiros simplesmente ficam anos sem ter sequer uma relação sexual. Em uma reportagem no portal terra há um relato de uma moça que casou e ficou os primeiros seis anos sem uma relação sexual com o marido. Dá para acreditar em uma coisa dessas! A lua de mel (a melhor parte) simplesmente não aconteceu! Ela teve que praticar o “sexo solitário” por muitos anos até que não agüentou e largou o marido com nove anos de casamento. Esperou tempo demais para tomar esta decisão, pois, sem sexo, nove anos é uma eternidade.
Na mesma reportagem do portal terra a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do Projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), de São Paulo, ressalta que o casal que chega a uma situação de ausência de sexo no casamento, nunca teve uma vida sexual satisfatória ou não tinha cumplicidade e intimidade naturalmente. "A falta de sexo não acontece de uma hora para outra. É uma conseqüência de ações e reações ao longo dos anos", diz. E de acordo com a mesma especialista razões não faltam para dar continuidade a um casamento sem sexo. "Mexer nessa situação é, no mínimo, desgastante. Por isso, muitos preferem sublimar a sexualidade", afirma Marzano. Conveniência, filhos, interesses financeiros, status social ou político são fatores levados em conta para continuar uma relação sem sexo.
Em suma, pelo exposto dá para se ter uma idéia de que há algo de muito sério com os casamentos modernos. Em minha opinião, casamento sem sexo é algo inconcebível. É no mínimo estranho que um casal jovem não sinta atração sexual pelo seu parceiro ou parceira e relegue a relação sexual para ultimo plano. Quando existe o problema da relação ter esfriado devido ao cansaço do trabalho domestico, de a mulher ter que dar conta de cuidar dos filhos, da casa e ainda trabalhar fora dá para entender. A chama existe e pode ser acesa a qualquer momento. Agora, um casal jovem, sem filhos e sem desejo um pelo outro ou de uma das partes, ai existe um problema que precisa ser resolvido. Do contrário, se a falta de desejo for unilateral, o casamento pode não sobreviver muito tempo. Acredito que muitas separações tem relação direta com esse problema, pois geralmente, um dos parceiros acaba fazendo o sacrifício da renuncia para evitar problemas com o parceiro. Um dia não agüenta e acaba dando um basta na situação. Mas eu creio também que devido a esse problema, muita gente acaba buscando outros parceiros fora do casamento. Para que não se precise chegar a esse ponto, siga o conselho dos especialistas, segundo os quais:
“a primeira providência é conversar, a segunda é ir ao médico para descartar problemas físicos e a terceira é fazer terapia sexual".
Siga esses conselhos para não se privar de uma coisa tão boa e “sublime” como é o sexo e viva em plenitude ou descubra a satisfação e o prazer oriundos da relação sexual.
Francisco Lima