Temos que resgatar a essência do ser humano
Apesar das imensas dificuldades, me sinto motivado, mas não posso deixar de enxergar que a educação está sofrendo reflexos de uma crise mais geral que afeta parte da sociedade. Estou falando de uma grave crise de valores de boa parte da sociedade e nós, educadores, as vezes nos sentimos impotentes diante de problemas como indisciplina, banalização da violência, uma desmotivação crônica dos alunos etc. Tudo isso, acredito eu, deve estar associado a um contexto mais amplo que abrangente.
Às vezes queremos fugir de uma pratica burocrática, tentando resgatar a motivação da turma. Nesse sentido, utilizamos filmes e outras ferramentas que possam nos ajudar não apenas a fugir da rotina, mais também a tornar a aula mais atrativa. São tentativas que nem sempre funcionam.
É claro que também há uma proposta de trabalho escrito, já que, como uma “ferramenta didática”, tais recursos precisam passar por um processo avaliativo. Pelo menos para saber se é bem aceito ou não pela maioria dos alunos. Porém, há alunos que não fazem os trabalhos propostos.
Podem-se levantar diversas hipóteses para saber o porquê desse desinteresse, mas vamos nos focar nos problemas que nos levaram a tentar escrever esse pequeno artigo que é a crise social que, a meu ver, pode estar afetando a educação que também está inserida na sociedade.
Estamos passando por um momento difícil, talvez de transição, em que valores basilares para todos os seres humanos vêm sendo gradualmente esquecidos, e quem sabe até substituídos por outros “valores” ligados à sociedade de consumo, à cultura do ter. Para muita gente, as pessoas valem pelo que tem e ostentam e não mais pelos nobres sentimentos que possuem. O ter está em voga e ser está ficando cada vez mais esquecido.
Essa crise leva o ser humano a um grande “vazio existencial”, pois os bens materiais não nos darão respostas aos grandes problemas que nos afetam nos momentos mais difíceis da nossa existência. Há desanimo e desinteresse crônicos entre muitos jovens e eles levam tudo isso para a sala de aula, que passou a ser desinteressante para eles.
O professor está numa verdadeira sinuca de bico, pois tem a obrigação de ministrar os conteúdos necessários para que os jovens tenham base para prosseguir nos estudos. Ao mesmo tempo, tem que fazer uma associação desses conteúdos com a realidade desses jovens, o que nem sempre é fácil.
Tudo isso seria apenas uma tentativa, já que, em muitos casos, como já foi dito acima, mesmo com o esforço extremo do professor no sentido de dar sentido aos conteúdos, ainda assim, tem aqueles que não participam, não entendem que tudo o que o mestre pretende é uma EMPATIA, com a turma. Isto é, o professor se aproxima, tenta se colocar no lugar do aluno, mas, às vezes não há reciprocidade, pois o mestre, para muitos, é apenas um chato que está ali para enche-lo de tarefas e de conteúdos que para eles “não servirão para nada.” Por isso, em muitos casos não há aprendizado, pois tudo é feito mecanicamente e sem vontade.
O grande paradoxo disso tudo, porém é que os jovens se inspiram nos seus grandes ídolos, que aparecem na televisão ostentando tudo o que dinheiro pôde lhes proporcionar. Esses “ídolos” tem carros importados, belas mulheres, roupas de grife etc. muitos deles porem, tiveram que ralar para chegar onde chegaram e foi com muito esforço que conseguiram alcançar tais conquistas.
Os jogadores de futebol são os maiores exemplos desse tipo e representam, ao mesmo tempo, o sonho de ascensão social da maioria dos jovens que, muitas vezes, vivem privados de quase tudo. A maioria dos jogadores bem sucedidos é proveniente de comunidades e isso seria uma estimulo, uma motivação para muitos que desejam seguir-lhes os passos.
Mas o que vemos na mídia são apenas os poucos exemplos de atletas bem sucedidos que conseguiram se dar bem. Há muitos casos de atletas que chegaram ao estrelato e não suportaram o peso da fama, não tiveram disciplina suficiente para construir uma carreira vencedora. Caíram nas armadilhas a que estão sujeitas todas as pessoas famosas e com dinheiro e arruinaram a sua carreira precocemente. Por isso, é necessário que haja um consistente apoio familiar e a disciplina ingrediente para uma carreira vencedora.
Mas, a sociedade de consumo e de valores distorcidos trás também outros tipos de “celebridades” que não são exatamente bons exemplos a serem seguidos. São pessoas que não tem conteúdo mental e que usam o corpo como uma forma de se promover. Desse modo, dão o recado de que não é preciso estudar nem se esforçar para alcançar o “estrelato.” Ainda que esse aparição na mídia seja bem transitória.
Como boa parte da sociedade também quer se dar bem a qualquer custo, esquecendo os valores éticos, esses exemplos distorcidos que a mídia promove como os big brothers e outras tantas coisas, como a mulher melancia, mulher melão e mulheres frutas de todo o tipo que temos que aturar no nosso dia-a-dia, também tornam-se modelos a serem seguidos e, aparentemente, mais acessíveis pois são pessoas que fazem questão de mostrar que não estudaram, mostrando aos jovens não precisam estudar para se dar bem
Enquanto isso, nós, professores, temos que remar contra a maré, mostrar aos alunos que temos que ser críticos em relação a esse estado de coisas. A sociedade precisa resgatar os seus verdadeiros valores, pois estamos nos contaminando com todo esse lixo que nos bombardeia dia a dia.
Mas, eu sei que é uma luta desigual e só com muita perseverança, muito trabalho e muita união conseguiremos vencer tal estado de coisas.
Temos que resgatar a auto estima desses jovens para que eles possam desenvolver todo o potencial que possuem. Para isso, no entanto, temos que fazer uma sociedade melhor começando por resgatar valores tradicionais como ética, honestidade (no sentido lato) etc.
Não podemos nos deixar levar pela cultura do ter!
Precisamos resgatar o ser o humano integral que existe em nós!
Temos que voltar a cultuar os sentimentos nobres do ser humano!
Temos que voltar a valorizar o ser!!!
Francisco Lima.
Apesar das imensas dificuldades, me sinto motivado, mas não posso deixar de enxergar que a educação está sofrendo reflexos de uma crise mais geral que afeta parte da sociedade. Estou falando de uma grave crise de valores de boa parte da sociedade e nós, educadores, as vezes nos sentimos impotentes diante de problemas como indisciplina, banalização da violência, uma desmotivação crônica dos alunos etc. Tudo isso, acredito eu, deve estar associado a um contexto mais amplo que abrangente.
Às vezes queremos fugir de uma pratica burocrática, tentando resgatar a motivação da turma. Nesse sentido, utilizamos filmes e outras ferramentas que possam nos ajudar não apenas a fugir da rotina, mais também a tornar a aula mais atrativa. São tentativas que nem sempre funcionam.
É claro que também há uma proposta de trabalho escrito, já que, como uma “ferramenta didática”, tais recursos precisam passar por um processo avaliativo. Pelo menos para saber se é bem aceito ou não pela maioria dos alunos. Porém, há alunos que não fazem os trabalhos propostos.
Podem-se levantar diversas hipóteses para saber o porquê desse desinteresse, mas vamos nos focar nos problemas que nos levaram a tentar escrever esse pequeno artigo que é a crise social que, a meu ver, pode estar afetando a educação que também está inserida na sociedade.
Estamos passando por um momento difícil, talvez de transição, em que valores basilares para todos os seres humanos vêm sendo gradualmente esquecidos, e quem sabe até substituídos por outros “valores” ligados à sociedade de consumo, à cultura do ter. Para muita gente, as pessoas valem pelo que tem e ostentam e não mais pelos nobres sentimentos que possuem. O ter está em voga e ser está ficando cada vez mais esquecido.
Essa crise leva o ser humano a um grande “vazio existencial”, pois os bens materiais não nos darão respostas aos grandes problemas que nos afetam nos momentos mais difíceis da nossa existência. Há desanimo e desinteresse crônicos entre muitos jovens e eles levam tudo isso para a sala de aula, que passou a ser desinteressante para eles.
O professor está numa verdadeira sinuca de bico, pois tem a obrigação de ministrar os conteúdos necessários para que os jovens tenham base para prosseguir nos estudos. Ao mesmo tempo, tem que fazer uma associação desses conteúdos com a realidade desses jovens, o que nem sempre é fácil.
Tudo isso seria apenas uma tentativa, já que, em muitos casos, como já foi dito acima, mesmo com o esforço extremo do professor no sentido de dar sentido aos conteúdos, ainda assim, tem aqueles que não participam, não entendem que tudo o que o mestre pretende é uma EMPATIA, com a turma. Isto é, o professor se aproxima, tenta se colocar no lugar do aluno, mas, às vezes não há reciprocidade, pois o mestre, para muitos, é apenas um chato que está ali para enche-lo de tarefas e de conteúdos que para eles “não servirão para nada.” Por isso, em muitos casos não há aprendizado, pois tudo é feito mecanicamente e sem vontade.
O grande paradoxo disso tudo, porém é que os jovens se inspiram nos seus grandes ídolos, que aparecem na televisão ostentando tudo o que dinheiro pôde lhes proporcionar. Esses “ídolos” tem carros importados, belas mulheres, roupas de grife etc. muitos deles porem, tiveram que ralar para chegar onde chegaram e foi com muito esforço que conseguiram alcançar tais conquistas.
Os jogadores de futebol são os maiores exemplos desse tipo e representam, ao mesmo tempo, o sonho de ascensão social da maioria dos jovens que, muitas vezes, vivem privados de quase tudo. A maioria dos jogadores bem sucedidos é proveniente de comunidades e isso seria uma estimulo, uma motivação para muitos que desejam seguir-lhes os passos.
Mas o que vemos na mídia são apenas os poucos exemplos de atletas bem sucedidos que conseguiram se dar bem. Há muitos casos de atletas que chegaram ao estrelato e não suportaram o peso da fama, não tiveram disciplina suficiente para construir uma carreira vencedora. Caíram nas armadilhas a que estão sujeitas todas as pessoas famosas e com dinheiro e arruinaram a sua carreira precocemente. Por isso, é necessário que haja um consistente apoio familiar e a disciplina ingrediente para uma carreira vencedora.
Mas, a sociedade de consumo e de valores distorcidos trás também outros tipos de “celebridades” que não são exatamente bons exemplos a serem seguidos. São pessoas que não tem conteúdo mental e que usam o corpo como uma forma de se promover. Desse modo, dão o recado de que não é preciso estudar nem se esforçar para alcançar o “estrelato.” Ainda que esse aparição na mídia seja bem transitória.
Como boa parte da sociedade também quer se dar bem a qualquer custo, esquecendo os valores éticos, esses exemplos distorcidos que a mídia promove como os big brothers e outras tantas coisas, como a mulher melancia, mulher melão e mulheres frutas de todo o tipo que temos que aturar no nosso dia-a-dia, também tornam-se modelos a serem seguidos e, aparentemente, mais acessíveis pois são pessoas que fazem questão de mostrar que não estudaram, mostrando aos jovens não precisam estudar para se dar bem
Enquanto isso, nós, professores, temos que remar contra a maré, mostrar aos alunos que temos que ser críticos em relação a esse estado de coisas. A sociedade precisa resgatar os seus verdadeiros valores, pois estamos nos contaminando com todo esse lixo que nos bombardeia dia a dia.
Mas, eu sei que é uma luta desigual e só com muita perseverança, muito trabalho e muita união conseguiremos vencer tal estado de coisas.
Temos que resgatar a auto estima desses jovens para que eles possam desenvolver todo o potencial que possuem. Para isso, no entanto, temos que fazer uma sociedade melhor começando por resgatar valores tradicionais como ética, honestidade (no sentido lato) etc.
Não podemos nos deixar levar pela cultura do ter!
Precisamos resgatar o ser o humano integral que existe em nós!
Temos que voltar a cultuar os sentimentos nobres do ser humano!
Temos que voltar a valorizar o ser!!!
Francisco Lima.