É incrível como as vezes nos deixamos levar pelo discurso alheio que pode ser motivado por interesses de grupos que não querem compartilhar alguma coisa. No caso da política, se vivemos em uma democracia, essa coisa que deve ser compartilhada é o poder. Sabe-se que quando repetidas muitas vezes as palavras tendem a ganhar status de verdade, ainda que esteja longe de sê-lo. Ainda mais quando se utiliza a força da imprensa para reforçar essa suposta verdade.
Uma instituição poderosa como a igreja católica, por exemplo, não pode ser toda ela condenada pelos desvios cometidos por alguns de seus membros. Mesmo que sejam muitos os casos de desvios, ainda assim não dá para condenar a instituição como um todo. Onde há seres humanos em grande quantidade é impossível manter-se o controle de todos e garantir que nunca acontecerão desvios de qualquer natureza.
Toda e qualquer instituição, seja ela de que natureza for tem ou pode ter um dia, já que é controlada por seres humanos, que como tais são passiveis de erros, problemas de casos de desvios sem que qualquer pessoa racional pense em acabar com essa instituição pelos erros cometidos por alguns de seus membros.
Um clube de futebol, por exemplo, que tem ou já teve casos de corrupção entre seus dirigentes ou funcionários, deve ser condenado pelos seus torcedores e estes últimos devem mudar de clube devido a esses casos de corrupção? Sem duvida que não, pois os dirigentes e funcionários passam e o clube permanece.
E um partido político, deve ser condenado pelos desvios de alguns de seus membros e nesse sentido cair no descrédito total ou pode-se usar o mesmo critério do clube de futebol? Acredito que nesse caso não pode haver diferença e tanto o partido político, quanto o clube de futebol ou qualquer outra instituição não podem cair em total descrédito devido a desvios cometidos por alguns de seus membros. Afastam-se as pessoas que cometeram os desvios e corrige-se o que está errado.
Muitos partidos tem em suas fileiras pessoas que se envolveram em graves casos de corrupção como no caso de Valérioduto mineiro (PSDB), em que Eduardo Azeredo recebeu ajuda (caixa 2) em sua campanha do mesmo Marcos Valério que posteriormente passará a ser conhecido nacionalmente. Nesse mesmo episodio o então candidato a deputado federal Aécio Neves teria recebido R$ 110 mil da campanha de Azeredo. Isto é todos esses fatos aconteceram desde 1998 e não foram devidamente investigados naquela época. Existe também o caso do mensalão do DEM em Brasília entre muitos outros.
Até então, quase não se associava assim de forma tão direta e ostensiva o nome do partido aos atos de corrupção de alguns de seus membros. Não sei ao certo se a imprensa começou a associar o partido como instituição aos atos de corrupção de alguns dos seus filiados justamente quando o PT chega ao poder. O que posso observar é que com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder e após as primeiras denuncias de corrupção, a imprensa sempre associou as denuncias feitas por ela ao PT, fazendo questão de tentar colocar o “povão” contra o partido. Isso talvez ela nunca tenha feito antes. Será que todas essas coisas são meras coincidências? Acredito sinceramente que não!!
Muitas dessas denúncias nunca foram comprovadas e o Freud Godoy, ex-assessor pessoal do presidente Lula, acusado injustamente do esquema de uma suposta compra de um dossiê com informações contra os tucanos no período pré-eleições de 2006 é um de muitos outros em que a imprensa errou e jamais se retratou.
Vale dizer que a imprensa estava, como sempre, do lado tucano e, nesse sentido, acabava aceitando muitas denúncias sem uma comprovação séria de veracidade, desde que tais denuncias fossem contra o PT, de preferência envolvendo diretamente o presidente Lula. Claro que ficou na saudade, pois jamais conseguiu nada que envolvesse diretamente a figura do presidente!
Acredito que foi sempre proposital a ideia de a imprensa tentar colocar a população contra o PT, apontando-o como responsável por todos os atos de corrupção acontecidos durante o governo Lula. Em todos os governos anteriores houve muitos casos de corrupção, mas nunca vi a imprensa noticia-los com tanta insistência e principalmente buscando uma forma de fazer uma instituição cair em total descrédito junto à população.
É positiva a divulgação de atos de corrupção na imprensa desde que sejam comprovados e verdadeiros. O que não é ético e nem positivo, na minha opinião, é um posicionamento tão evidente da maioria da imprensa ao lado desse ou daquele candidato ou partido como tem acontecido há muito tempo.
Dar a desculpa de que o PT se considerava o partido mais ético para tentar linchá-lo junto à opinião publica não cola, pois, como já disse, onde há seres humanos, principalmente quando os há em grande quantidade, é totalmente impossível se ter o controle de todas as ações praticadas de todos os membros de determinado grupo ou partido.
Assim, considero que sempre foi uma covardia da imprensa tentar o descrédito do PT junto à população. Ainda bem que ela não foi tão bem sucedida no seu intento e o PT só fez crescer a despeito de todas essas tentativas de linchá-lo e apesar dos muitos erros cometidos por políticos que se mostraram indignos de fazer parte da legenda, considero que das opções que se apresentam no momento, o PT ainda é e será por muito uma das melhores escolhas de partido político no Brasil, pois muitos dos grandes nomes que ajudaram a fundá-lo como Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy, por exemplo, por lá ainda permanecem e sabem que o partido como instituição está acima dos erros de alguns políticos que por eles passaram.
Por tudo isso, ainda sou PT e me orgulho disso.
Francisco Lima
Uma instituição poderosa como a igreja católica, por exemplo, não pode ser toda ela condenada pelos desvios cometidos por alguns de seus membros. Mesmo que sejam muitos os casos de desvios, ainda assim não dá para condenar a instituição como um todo. Onde há seres humanos em grande quantidade é impossível manter-se o controle de todos e garantir que nunca acontecerão desvios de qualquer natureza.
Toda e qualquer instituição, seja ela de que natureza for tem ou pode ter um dia, já que é controlada por seres humanos, que como tais são passiveis de erros, problemas de casos de desvios sem que qualquer pessoa racional pense em acabar com essa instituição pelos erros cometidos por alguns de seus membros.
Um clube de futebol, por exemplo, que tem ou já teve casos de corrupção entre seus dirigentes ou funcionários, deve ser condenado pelos seus torcedores e estes últimos devem mudar de clube devido a esses casos de corrupção? Sem duvida que não, pois os dirigentes e funcionários passam e o clube permanece.
E um partido político, deve ser condenado pelos desvios de alguns de seus membros e nesse sentido cair no descrédito total ou pode-se usar o mesmo critério do clube de futebol? Acredito que nesse caso não pode haver diferença e tanto o partido político, quanto o clube de futebol ou qualquer outra instituição não podem cair em total descrédito devido a desvios cometidos por alguns de seus membros. Afastam-se as pessoas que cometeram os desvios e corrige-se o que está errado.
Muitos partidos tem em suas fileiras pessoas que se envolveram em graves casos de corrupção como no caso de Valérioduto mineiro (PSDB), em que Eduardo Azeredo recebeu ajuda (caixa 2) em sua campanha do mesmo Marcos Valério que posteriormente passará a ser conhecido nacionalmente. Nesse mesmo episodio o então candidato a deputado federal Aécio Neves teria recebido R$ 110 mil da campanha de Azeredo. Isto é todos esses fatos aconteceram desde 1998 e não foram devidamente investigados naquela época. Existe também o caso do mensalão do DEM em Brasília entre muitos outros.
Até então, quase não se associava assim de forma tão direta e ostensiva o nome do partido aos atos de corrupção de alguns de seus membros. Não sei ao certo se a imprensa começou a associar o partido como instituição aos atos de corrupção de alguns dos seus filiados justamente quando o PT chega ao poder. O que posso observar é que com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder e após as primeiras denuncias de corrupção, a imprensa sempre associou as denuncias feitas por ela ao PT, fazendo questão de tentar colocar o “povão” contra o partido. Isso talvez ela nunca tenha feito antes. Será que todas essas coisas são meras coincidências? Acredito sinceramente que não!!
Muitas dessas denúncias nunca foram comprovadas e o Freud Godoy, ex-assessor pessoal do presidente Lula, acusado injustamente do esquema de uma suposta compra de um dossiê com informações contra os tucanos no período pré-eleições de 2006 é um de muitos outros em que a imprensa errou e jamais se retratou.
Vale dizer que a imprensa estava, como sempre, do lado tucano e, nesse sentido, acabava aceitando muitas denúncias sem uma comprovação séria de veracidade, desde que tais denuncias fossem contra o PT, de preferência envolvendo diretamente o presidente Lula. Claro que ficou na saudade, pois jamais conseguiu nada que envolvesse diretamente a figura do presidente!
Acredito que foi sempre proposital a ideia de a imprensa tentar colocar a população contra o PT, apontando-o como responsável por todos os atos de corrupção acontecidos durante o governo Lula. Em todos os governos anteriores houve muitos casos de corrupção, mas nunca vi a imprensa noticia-los com tanta insistência e principalmente buscando uma forma de fazer uma instituição cair em total descrédito junto à população.
É positiva a divulgação de atos de corrupção na imprensa desde que sejam comprovados e verdadeiros. O que não é ético e nem positivo, na minha opinião, é um posicionamento tão evidente da maioria da imprensa ao lado desse ou daquele candidato ou partido como tem acontecido há muito tempo.
Dar a desculpa de que o PT se considerava o partido mais ético para tentar linchá-lo junto à opinião publica não cola, pois, como já disse, onde há seres humanos, principalmente quando os há em grande quantidade, é totalmente impossível se ter o controle de todas as ações praticadas de todos os membros de determinado grupo ou partido.
Assim, considero que sempre foi uma covardia da imprensa tentar o descrédito do PT junto à população. Ainda bem que ela não foi tão bem sucedida no seu intento e o PT só fez crescer a despeito de todas essas tentativas de linchá-lo e apesar dos muitos erros cometidos por políticos que se mostraram indignos de fazer parte da legenda, considero que das opções que se apresentam no momento, o PT ainda é e será por muito uma das melhores escolhas de partido político no Brasil, pois muitos dos grandes nomes que ajudaram a fundá-lo como Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy, por exemplo, por lá ainda permanecem e sabem que o partido como instituição está acima dos erros de alguns políticos que por eles passaram.
Por tudo isso, ainda sou PT e me orgulho disso.
Francisco Lima